O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul alerta para uma tentativa de golpe em serviços de transporte. O caso veio à tona na segunda quinzena de fevereiro, quando o juiz Diego Carvalho Locatelli, diretor do foro de Caçapava do Sul, tomou conhecimento após um rapaz se apresentar no fórum da cidade buscando mais informações.
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O golpista estaria se passando por um juiz, que atuaria temporariamente em Caçapava do Sul, e entraria em contato com empresas, motoristas ou órgãos públicos a fim de obter serviço de transporte para si e para sua escolta. Nisso, agenda encontros e também solicita a devolução de valores que teria pago a mais - o que pode resultar em estelionato ou outro crime mais grave, como sequestro.
De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça, não há nenhum juiz vindo trabalhar em Caçapava do Sul temporariamente, como relatado pelo golpista. Além disso, o Poder Judiciário não fornece nem paga serviço de transporte ou de escolta, pois o deslocamento dos juízes dentro de suas comarcas é feito em seus veículos particulares. As escoltas somente são concedidas em situações excepcionais, como o risco de vida comprovado, e são realizadas por órgão específico.
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Relatos de golpes como este também foram registrados na comarca de São Sepé. O TJ já emitiu nota para todos os magistrados, bem como para a Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que recebe solicitação para indicações de motoristas.
A orientação para a população é procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. A delegada interina da Delegacia de Caçapava do Sul, Carla Dolores de Almeida, informou que nenhuma vítima registrou ocorrência até o momento.